quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Party In My Bedroom

Lembro perfeitamente de quando tinha cinco anos de idade e estava na festinha de uma das filhas das amigas da minha mãe, quando vi uma menina pintando um desenho. Observadora e curiosa desde sempre, fui falar com a menina e ver o desenho mais de perto.
Ela estava pintando uma foca, só que com uma leveza sem igual. Fiquei maravilhada com aquilo. Perguntei quantos anos ela tinha. E ela me respondeu com um sorriso farto no rosto, como quem fica orgulhosa vendo uma criança de cinco anos tão interessada, que tinha catorze anos.
Então, desejei ter catorze anos, para saber pintar de forma tão bela e ser tão inteligente como ela.
Nove anos se passaram mais rápido do que eu esperava e hoje completo catorze anos, com o mesmo olhar e a mesma vontade de aprender de quando eu ainda tinha meus cinco anos de idade.
Em todos os meus aniversários, sempre chovia. Ficava com a maior raiva disso. É que com a chuva, o astral das pessoas sempre muda. O meu astral sempre muda. Então por mais que eu recebesse telefonemas e presentinhos, sempre tinha a sensação de que ninguém ligava pra mim.
E esse ano foi diferente. Abri a janela de manhã e... Minha Nossa Senhora! Olha o sol ali! rs.
Fui ver a caixa de cartas e adivinhem. Até ele me mandou um cartão e ainda desenhou vários corações nele, rs. É mesmo incrível receber um "Feliz aniversário!" da pessoa que amamos. Essa frase ganha até um novo sentido entendem?
Só que que agradecer. Agradecer a minha prima por ter mentido para mãe, falando que tinha um trabalho de escola urgente para terminar quando na verdade queria mesmo, ser a primeira a me mandar seus parabéns. Agradecer a minha BFF por ter ido até a Av. Paulista para me trazer, a mais linda de todas as sapatilhas que já ganhei. Agradecer a minha amiga pela homenagem no subnick do msn. Agradecer aos meus avós pela surpresa maravilhosa. Agradecer a ele pelo mais lindo de todos os "Feliz aniversário" que já recebi. E agradecer a vocês, minhas leitoras fofas, por estarem sempre comigo ouvindo minhas histórias e filosofias. A todos um enorme obrigado (:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eu Adoro Voar

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Basquete e Casamento

No meu colégio as aulas de educação física funcionam assim: praticamos e estudamos um determinado esporte por bimestre.
Esse bimestre, o escolhido foi basquete. E tudo bem que eu não sou a melhor jogadora do time [estou bem, bem, bem longe disso], mas não é preciso ser bom no basquete para dizer que aquilo que tecnicamente jogamos não é basquete!
Mais parece uma festa de casamento, bem no momento em que a noiva vai jogar o buquê para aquele bando de mulheres desesperadas.
No caso do basquete, a bola é o buquê da noiva e o bando de mulheres desesperadas são as garotas da minha classe.
Elas gritam, berram, correm, batem-se arranham feito umas loucas atrás do tal buquê, ops, bola.
E no meio de tudo isso está eu. Logo eu que nunca gostou das aulas de educação física. Logo eu que não gosta de basquete. Logo eu que nem sei se quero casar. Logo eu que não gosta dessa tal história do buquê.
E se eu quero sair viva de lá o jeito é correr para o lado oposto daquela mamada de maníacas por buquês de noivas e bolas de basquete. Tudo bem que praticamente todos os garotos da sala e todos que assistem aquela cena bizarra, provavelmente deve pensar que sou uma imbecil, mas, é questão de SOBREVIVÊNCIA!!! E nessas horas meu cérebro nem funciona direito. A única coisa em que consigo pensar é: “O que estou fazendo aqui?”
O problema é que nem sempre isso dá certo. É aí que eu saio do colégio e vou pro hospital, tirar raio-x e torcer para que não tenha quebrado um dedo, um braço, o pé... Deve ser por isso que semana passada eu visitei o ortopedista duas vezes. E em uma delas trinquei o osso do dedinho do pé. E na outra luxei dois dedos das mãos.
Essas garotas deveriam praticar um esporte menos... violento. (?) Tipo damas, xadrez, dominó, sei lá. Qualquer coisa menos basquete.
Sabe, ainda bem que esse bimestre está acabando. Mais um pouco e além de palhaços eu começaria a ter medo de noivas. Principalmente o buquê delas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"eu te amo"

Estava filosofando sobre declarações de amor em público. Tudo pode parecer muito legal, por ser uma forma de falar finamente para a pessoa de quem você ama tudo o que sente por ela. Mas não precisa ser em público não é mesmo?
É que [sendo sincera], preciso dizer que sou contra declarações de amor em público. Tudo bem que você gosta do fulano de tal com todas as suas forças e sente vontade de contar isso para o mundo todo, mas certamente você não precisa fazer isso. Certamente você não deve fazer isso. Por que isso é uma coisa entre você, ele e mais ninguém.
A verdade é que declarações de amor em público possuem o incrível poder de me assustar. Pra mim, é estranho ver várias gurias [disse gurias, por causa da convivência com o Bruno e por que adoro esse sotaque do sul, rs] dizendo frases como: “ AAH FULANO DE TAL, TU É LINDO1!! EU AMO VOCÊ!11!”
Isso não é uma declaração de amor. Isso é algo assustador. Como uma guria consegue dizer a frase “eu te amo” assim, tão fácil? Ou ela é muito corajosa ou faz parte da lista de gurias que dizem “eu te amo”, como quem diz “me segue no twitter?”.
Acho que consegui chegar onde deveria. O ponto é que dizer “eu te amo” era algo realmente bonito de se ver. Quando alguém dizia “eu te amo” era porque tinha certeza absoluta de que amava aquela pessoa. Hoje em dia as coisas estão bem longes disso.
E é uma pena. Por que eu ainda acreditava que existissem gurias românticas no mundo, mas isso só me prova o contrário. E eu sinto falta dos tempos de Romeu e Julieta. Os amores pareciam ser mais sinceros do que os de hoje em dia, e eu sinto falta disso. Posso estar errada, ou sendo careta demais para minha idade, mas juro que é isso o que sinto.