quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nicholas, o cara legal.

Nicholas é um cara legal. Tem 20 e poucos anos e um diferencial notável: é ruivo. Sua família inteira é ruiva. Todos os tios e primos e avós e netos. Todos com o cabelo laranja. Nicholas mantém os seus espetados sempre pra cima, num topete.
Começou uma banda dois anos atrás em seu quarto. Acho que foi nesse mesmo ano que vez sua primeira tatuagem. Depois disso não parou mais. Atualmente ele tem os dois pés, o peitoral (com uma frase de uma música famosa dos Beatles) e os dois braços preenchidos com tatuagens coloridas e em preto e branco.
Ele é bem magrelo. Seus amigos vivem tirando sarro da sua inigualável magreza, mas eu juro por tudo o que é mais sagrado nesse mundo que o Nicholas é magro de ruindade. Come em torno de noventa biscoitos Negresco por dia. Um total de, mais ou menos, três pacotinhos seguidos de biscoitos recheados que ele  tem mania de mergulhar no leite.
Nicholas é apaixonada por biscoitos. Nunca conheci ninguém que gostasse de biscoitos mais do que ele. E quando digo biscoito, quero dizer todo e qualquer digo de biscoitos. Os doces, tem certa preferência, é claro.
Nicholas tem um cachorrinho da raça Dachshund, popularmente conhecida como "salsicha" e carinhosamente chamado de Chico. Ano passado, no halloween, Nicholas o vestiu com uma fantasia de cachorro-quente onde Chico era a salsinha, obviamente. Temos fotos para provar.
Alias, fotos do Chico (e com o Chico) é o que o Nicholas mais sabe tirar. Ele tem quase que uma coleção de fotos no espelho de si prórpio como todos os outros caras, mas também seria plenamente capaz de começar um álbum inteiro só com fotos do Chico. Os dois fazem uma bela dupla. Ambos ficam muito bem ao lado do outro.
Nicholas já assistiu "O Diário de uma Paixão" inúmeras vezes (inclusive, leu o livro, senhoras e senhores). Uma informação que deve ter lhe oferecido inúmeras garotas e comentários duvidosos sobre sua sexualidade de outros inúmeros rapazes.
Em suma, Nicholas é um cara legal. E eu queria poder conhecer outros assim como ele.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

11

Já faz muito tempo que não participava de nenhum meme e nenhuma tag entre blogs. Como esse final de semana foi meio agitado e não tive tempo de colocar as idéias em ordem e criar um texto, vou seguir com a tag que vi no blog Entre Sonhos e Palavras da talentosa Anna Kallyne,  Ele funciona assim:

Regras: 
Escrever 11 coisas aleatórias sobre você.
Falar de quem recebeu.
Responder 11 perguntas que a pessoa lhe mandou e criar mais 11 perguntas para repassar.
Escolher 11 blogs para repassar e colocar o link de cada um.
Avisar os blogs que você os tagueou.
Não enviar a tag de volta pra quem te mandou.

11 coisas sobre mim:
  1. Tenho uma coleção de lápis Bic Evolution. Diferente das outras coleções, eu nunca comprei nenhum deles. Achei cada um em um dia e lugar diferente. Cada um tem a sua história de como foi parar no meu porta-lápis.
  2. Comecei a ouvir A Rocket To The Moon e estou amando a banda.
  3. Mantenho um perfil num site de listas (listography) só pra armazenar minhas citações favoritas dos livros que leio sem perdê-las.
  4. Sou bastante medrosa. Minha cabeça faz uma situação pequenininha virar uma fera de cinquenta mil metros.
  5. Tenho dois posteres do Homem-Aranha na parede do meu quarto.
  6. Os personagens do John Green me influenciaram a ter uma leve queda por garotos fumantes.
  7. Meu pastel favorito é o de frango com catupiri.
  8. Detesto ser interrompida quando estou no meio de um diálogo.
  9. Comecei a me interessar sobre anatomia do corpo humano, principalmente dos desenhos de ossos, o que levou minha mãe a pensar que eu poderia estudar medicina.
  10. Nunca quebrei nenhum braço ou nada parecido, mas passei por inúmeras luxações nos dedos e desloquei o maxilar duas vezes.
  11. Meu maior hobbie é customizar peças de roupas. A "criação" mais recente minha foi um colete jeans.
Perguntas para mim:
Qual a sua perspectiva de vida?
Eu quero viver por mais muitos anos. Quero viver pra realizar todos os meu sonhos. Quero viver até uns 95 anos.

O que te faz sorrir?
Expressões faciais. As caras e bocas do meu primo de dois anos sempre me fazem sorrir.

Qual é o seu maior sonho?
Ter uma música escrita especialmente pra mim. É um sonho bem besta, mas quem sabe não aparece um músico na minha vida?

Se não agora, quando?
Quando o sol aparecer e o céu clarear.

Quem é você?
Eu sou feliz e triste e eu ainda estou tentando descobrir como isso é possível.

Vida?
Longa e próspera.

Frase preferida?
Adoro frases! Tenho muitas preferidas então vou citar a mais recente dita por Miles Halter do livro Quem é você, Alasca: "Mas que diabos significa 'instantâneo'? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um instante de dor intensa pareça instantâneo."

Melhor canção de amor?
Poderia citar Como é Grande O Meu Amo por Você do Roberto Carlos, Ainda Bem da Marisa Monte ou Sambinha Bom da Mallu Magalhães porque todas são adoráveis. Sem falar das inúmeras músicas de amor estrangeiras. Poderia citar a nova música que a Taylor Swift escreveu mas, na minha opinião, a melhor canção de amor são os batimentos cardíacos da pessoa que a gente gosta e que ouvimos ao abraçá-la. E ela se torna melhor ainda quando você sabe que aqueles batimentos estão naquele ritmo por sua causa.

Filme preferido?
Tenho três: 1) 500 Dias com Elas, 2) A Arte da Conquista e 3) Se Enlouquecer, Não se Apaixone.

Livro mais inspirador?
A Menina Que Roubava Livros por ter o personagem masculino mais simples e mais apaixonante de todos.

Vício?
Chá.

Minhas 11 perguntas:
  1. Quem é a pessoa que mais te inspira e por quê.
  2. Qual sua peça de roupa favorita.
  3. Algo que você considere impossível.
  4. Descreva o dia mais feliz que você já teve.
  5. Uma coisa que antigamente você adorava e que agora não gosta tanto.
  6. Qual o seu CD favorito?
  7. Uma coisa que você não faria nem se fosse muito bem paga.
  8. Com qual personagem literário (ou cinematográfico, de preferir) você teria a honra de se casar?
  9. O que faria se de um dia para o outro seu blog virasse mania na Internet, te tornando famosa e reconhecida nas ruas?
  10. Qual são as características que você mais observa nas pessoas?
  11. Qual seu número da sorte?
Vou dedicar a tag para todos os meus seguidores queridos. O post já está imenso e também não quero que ninguém se sinta na obrigação de responder. Uma bela tarde ociosa para vocês!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Pac-man dos livros

Abri pra ler o último livro novo que comprei no fim de ano e só comecei a ler agora, em janeiro. Li 3 livros no total, em menos de duas semanas. Foi aí que reparei o qual voraz na leitura sou.
Poderia usar o argumento de que só li depressa porque os livros são realmente bons, o que seria verdade, mas não justificaria o fato de que leio numa velocidade um tanto quanto desnecessária.
E desde que me lembro é assim. Ganho um livro, presto atenção em cada detalhe da sua capa, vejo se o título  está em levo, observo as cores e o verso com a sinopse acompanhada por um possível comentário de algum jornalista conceituado que mora Nova Iorque.
Daí, abro o livro. Sinto a textura das páginas, as letras tão pretas que mesmo permanecendo bastante tempo  na estante da livraria, ainda conseguem me convencer de que acabaram de serem impressas. O cheiro que parece flutuar gentilmente até mim, toda vez que folheio os capítulos.
Depois disso, acho que por admirar tanto esse pequeno mundo que foi posto diante dos meus olhos, não consigo fazer outra coisa enquanto não termino de ler cada palavra registrada ali.
Cheguei a virar noites usando a luz do celular como lanterna para terminar últimos capítulos e descobrir que segredos e informações sobre os personagens eles guardavam.
É justamente a dúvida sobre o que vai acontecer com os personagens nas próximas páginas que vem me estimulando a ler de uma maneira tão voraz.
Por mais que o livro não tenha sido do meu agrado, não consigo desgrudar dele até saber tudo o que o autor reservou para o desfecho daqueles personagens. 
Sou como o Pac-man dos livros. Não posso ver um deles na minha frente que corro pro abraço e os devoro inteirinhos.
Por falar nisso, até dezembro desse ano, pretendo adquirir e consumir:

  • O Substituto
  • O Livro das Coisas Perdidas
  • A Sombra do Vento
  • Scott Pilgrim (vol. I, II e III)
  • Na Passarela (último vol. da série Cabeça de Vento)
  • Por Isso A Gente Acabou
  • Meu Livrinho Vermelho

Se conhecerem algum outro título maneiro, estejam dispostas a deixarem o nome dele aqui nos comentários!
Até o próximo capítulo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Não ter e ficar querendo

Queria ser 5 quilos mais magra.
Queria ser ruiva. Ter o cabelo cor de laranja toda vez que o sol batesse nele.
Queria ter pisca-pisca na decoração do meu quarto.
Queria outro tênis da Vans. Um vinho dessa vez.
Queria ser uma mistura de Ruby Sparks (sem a parte de ser "fácil de manipular") e Summer Finn (antes de virar esposa de alguém e largar o Tom). O tipo de garota que encanta logo de cara.
Queria um amigo que fosse totalmente meu tipo e que anos depois de apaixonasse por mim.
Queria ter dinheiro para começar um tratamento de pele (espinhas nunca mais!) e manter uma estante com 500 livros.
Queria ter um dos meus textos publicado numa revista pra quando eu me formar em jornalismo e virar uma colunista famosa pensar que tudo começou ali.
Queria saber fazer barquinhos em garrafas e cisnes de origami.

"Só porque eu não posso ter tudo, não significa que eu não queira nada."

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Rei estava certo

Não é engraçado, como de ano pra ano,  não notamos muita diferença em nós mesmos, seja ela psicológica ou emocional? Então, de repente, olhamos para trás e parecemos outra pessoa. É como observar as horas passando em um relógio.  Não enxergamos os ponteiros se movendo realmente, mas eles estão ali, mudando o tempo todo.
Esse tipo de pensamento sempre me vem a cabeça quando paro pra ler as postagens de 2009 do blog e, principalmente, agora no começo do ano.
Fico impressionada com o crescimento da minha forma de escrever. Os primeiros posts do blog são terríveis. Tão terríveis que algumas vezes me bate uma vontade imensa de deletar todo o histórico de 2009. 
É uma vontade imensa embora nunca cheguei a fazer isso porque, eu quero ou não, eu negando pra mim mesmo ou não, eu sentindo vergonha ou não, já fui a guria que escreveu aqueles textos. E por mais que pareça um absurdo pra mim agora, eles deviam fazer muito sentido quando os escrevi. Eles são uma parte de mim, uma parte do meu passado, uma parte da minha história, uma pequena influência do que eu sou hoje. 
Seria injusto, da minha parte, negar aquilo que já fui um dia, mesmo que isso inclua bandas que agora vejo que não tocavam tão bem assim e roupas que não combinavam comigo tão bem quanto as de agora combinam. Seria injusto comigo mesma.
Seria como se a Letícia de antigamente estivesse sofrendo bullying da Letícia de agora. Seria um erro porque uma precisou da outra para se torna aquilo que são.
Não tem como evoluímos nosso gosto musical sem que tivéssemos experimentado bandas ruins durante esse percurso. Não tem como compormos um guarda-roupa melhor sem que tivéssemos comprado uma peça bem errada para o nosso tipo de corpo ou personalidade.
Entendem o que estou tentando dizer? Passamos por essa vida com o intuito de, entre outras coisas, experimentar. É a única forma de ter certeza do que gostamos de verdade. O Rei Roberto Carlos estava certíssimo quando disse: "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."
Então, a partir desse ano, sempre que surgir a oportunidade de olhar para minhas fotos antigas, não vou me julgar pelo meu tipo de cabelo ou roupa. De nada adiantaria. Vou olhar para as foto e agradecer a Letícia que teve coragem de usar aqueles trajes bizarros e que era fã daquela boyband da moda, porque, se não fosse por ela, eu não estaria digitando esse post enquanto ouço uma banda tão legal de indie rock.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ex-geração Coca-cola

Parece que cada dia, mais e mais adolescentes dizem ser viciados em cafeína (pelo menos nas redes sociais).
Mas, o que o danado do café tem de tão bom assim? Pra mim, café era bebida de adulto que trabalha o dia inteiro, acorda às 4 a.m. e só sai depois das 10 p.m.. Gente que precisa se manter de pé, acordado e é chato demais para tomar suplementos alimentares e que não querem apelar para os energéticos por acharem coisa de adolescente irresponsável que cai na balada e no dia seguinte tem que ir pra escola mentindo pros pais como se nada tivesse acontecido.
Já se foi o tempo da Geração Coca-cola descrita na música do Legião Urbana. Tenho uma única amiga que ainda conserva esse hábito. Acreditem ou não, ela ainda canta (e tem CD!) dessa música do Legião.
Eu prefiro chá. Só ele consegue ser calmo, longe da agressividade da cafeína, doce com um tom melancólico como os blues, e ainda são fabricados em saquinhos tão bonitinhos de serem guardados depois de algumas horinhas expostos ao sol, usando a etiqueta como marca-páginas nos livros.
Pode ser que o café esteja na moda mesmo ou as pessoas sejam clichês ambulantes umas das outras.
De qualquer maneira: menos cafeína e escutem mais Legião Urbana, por gentileza!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Calendário

Sempre que paro pra olhar o calendário no começo do ano sinto duas coisas: alegria e medo.
Alegria porque tem algo de mágico em olhar para todos aqueles dias e não saber ao certo o que está pra acontecer neles.
Temos certeza do dia do nosso aniversário e outras datas específicas como o dia da árvore e os feriados, mas a questão é que não tem como saber o que estaremos fazendo em cada um deles até que eles cheguem.
Sinto medo por esse mesmo fato de não saber o que irá acontecer até que eles cheguem. É a velha história do copo meio cheio ou meio vazio. 
Isso, de certa forma, é torturante porque nos damos conta do qual frágil somos e da total falta de controle que temos nas nossas próprias vidas e do quanto o futuro é incerto e tão certo, tudo ao mesmo tempo.
O resultado disso é que não podemos fazer nada. Quem quiser pode escolher encarar aqueles dias ainda em branco, imaginando o que ainda está por vir. Tarefa da qual, devo fizer, acho completamente inútil. 
Já fiz muito isso e nada de bom acontece a não ser você perder a cabeça e enlouquecer. Nenhum ditado popular vai ser mais verdadeiro do que "mente vazia é a oficina do diabo." E outra que, com uma vida inteira passando, não acho interessante perder tanto tempo parada observando por horas o calendário.
O melhor remédio pra tudo é aguardar. Não de forma ansiosa e desesperada. Só aguardar, sabe? Da mesma forma que as mães de antigamente aguardavam pelo nascimento de seus filhos enquanto preparavam para ele uma porção de meias de tricô. 
Uma espera tranquila, sábia e sempre positiva.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Novo ano, novas palavras

Eu tinha que virar a página.
Eu queria uma nova chance da vida.
Eu queria parar essa correria.
Eu tinha que deixar a coisa toda fluir.
Mesmo não sabendo exatamente para onde ir,
fui para onde queria
fazendo o que eu gostava de fazer.
Fiquei surpresa ao me ver
escrevendo novamente.
Escrevendo dessa vez sem obrigação.
Escrevendo somente pra mim.
Escrevendo dessa vez pra se mandar embora a solidão.
Escrevendo porque chegou a hora de tentar ser feliz.
Depois de muito tempo só escrevendo,
sobre alguém que muito pouco me diz.