sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Rei estava certo

Não é engraçado, como de ano pra ano,  não notamos muita diferença em nós mesmos, seja ela psicológica ou emocional? Então, de repente, olhamos para trás e parecemos outra pessoa. É como observar as horas passando em um relógio.  Não enxergamos os ponteiros se movendo realmente, mas eles estão ali, mudando o tempo todo.
Esse tipo de pensamento sempre me vem a cabeça quando paro pra ler as postagens de 2009 do blog e, principalmente, agora no começo do ano.
Fico impressionada com o crescimento da minha forma de escrever. Os primeiros posts do blog são terríveis. Tão terríveis que algumas vezes me bate uma vontade imensa de deletar todo o histórico de 2009. 
É uma vontade imensa embora nunca cheguei a fazer isso porque, eu quero ou não, eu negando pra mim mesmo ou não, eu sentindo vergonha ou não, já fui a guria que escreveu aqueles textos. E por mais que pareça um absurdo pra mim agora, eles deviam fazer muito sentido quando os escrevi. Eles são uma parte de mim, uma parte do meu passado, uma parte da minha história, uma pequena influência do que eu sou hoje. 
Seria injusto, da minha parte, negar aquilo que já fui um dia, mesmo que isso inclua bandas que agora vejo que não tocavam tão bem assim e roupas que não combinavam comigo tão bem quanto as de agora combinam. Seria injusto comigo mesma.
Seria como se a Letícia de antigamente estivesse sofrendo bullying da Letícia de agora. Seria um erro porque uma precisou da outra para se torna aquilo que são.
Não tem como evoluímos nosso gosto musical sem que tivéssemos experimentado bandas ruins durante esse percurso. Não tem como compormos um guarda-roupa melhor sem que tivéssemos comprado uma peça bem errada para o nosso tipo de corpo ou personalidade.
Entendem o que estou tentando dizer? Passamos por essa vida com o intuito de, entre outras coisas, experimentar. É a única forma de ter certeza do que gostamos de verdade. O Rei Roberto Carlos estava certíssimo quando disse: "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."
Então, a partir desse ano, sempre que surgir a oportunidade de olhar para minhas fotos antigas, não vou me julgar pelo meu tipo de cabelo ou roupa. De nada adiantaria. Vou olhar para as foto e agradecer a Letícia que teve coragem de usar aqueles trajes bizarros e que era fã daquela boyband da moda, porque, se não fosse por ela, eu não estaria digitando esse post enquanto ouço uma banda tão legal de indie rock.

3 comentários:

  1. Estou pasma com o texto, muito bem escrito, consigo me ver em suas palavras. Ambas já gostamos daquela boyband da moda, hoje vc curte indie rock e sou apaixonada por rockabilly, talvez isso se chame maturidade.
    beijos

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  2. Parabéns, Me impressiono lendo os seus posts de 2009 até esses últimos posts .. Confesso que comecei a acompanhar seu Blog a menos de um mês, mais messo assim já andei por todas as postagens que você fez, e o máximo que eu consigo te dizer é ''Parabéns'' Você conseguiu me impressionar com o modo que você usa as palavras. Continue assim, não pare..Seus textos, suas palavras, são incentivadoras !!!

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  3. Gosto de todos os seus textos. Até os de 2009... E posso dizer que nunca conheci um blog tão maravilhoso e inexplicável como o seu!

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