terça-feira, 31 de julho de 2012

Sobre ser fã, fanatismo e as besteiras que um ídolo faz


Minha irmã, ontem a noite, disse que não gostava mais de mim porque, minutos antes, tinha dito que o 1o CD do Justin Bieber não parecia assim tão bom perto do 2o, que as músicas pareciam todas iguais e que só uma ou outra dava vontade de ouvir e olhe lá.
Ela ficou tão brava comigo. Por mais que eu sei que ela é bem fã dele, juro que não esperava essa reação. Juro que não imaginava que ela fosse tão fanática a ponto de se zangar com uma opinião vinda da PRÓPRIA irmã dela.
Fiquei pensando no que teria feito ela gostar tanto assim dele mas, foi um pensamento inútil já que seria quase a mesma coisa que me perguntar o porquê d'eu ter escolhido ser fã dos Jonas Brothers na época em que eles estavam no auge, o Kevin ainda não tinha casado e a banda não tinha acabado da maneira lamentável que acabou.
Ser fã é praticamente involuntário. Um belo de um dia, estamos distraídas quando parece que um anjinho querubim passa por cima da nossa cabeça e de repente surge a foto daquele que será nosso ídolo durante anos e, com muita sorte, durante a vida inteira.
Só acho um pouco excessivo isso de ser fã e arrumar briga por pouca coisa ou bater palma como uma foca acéfala pra qualquer porcaria que o ídolo faz.
Dá pra ser fã e manter a consciência plena. Ídolo também é gente e também erra. Kristen Stwart acabou de trair Robert Pattinson e taí pra provar. Ídolo também vai pro banheiro fazer necessidades fisiológicas e tenho certeza de que ele não merece aplausos por isso.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

"Desde criança, sempre inventei histórias. Lembro que ficava brincando sozinha no quintal da casa da minha avó, desejando que pequenos seres mágicos saíssem de dentro da terra, em forma de massinha de modelar, para que eu pudesse transformá-los no que eu quisesse.
Geralmente, tudo o que eu queria era alguém pra brincar comigo, mas, aos poucos, minha imaginação foi amadurecendo, e eu passei a desejar que algum dos seres pudesse ser transformado em um príncipe, para fazer meu coração bater mais forte e mudar minha história por completo.
Á media que fui crescendo, percebi que seres mágicos e príncipes encantados não existem. Mas um resquício da minha infância, eu conservei.
No meu íntimo, sempre acreditei que, em um momento, algo aconteceria em minha vida que a mudaria completamente. Aquele instante que seria um marco, no qual eu dividiria a minha existência em antes de depois."
(Fazendo Meu Filme 4
Parte III: Fani e Leo:
Capítulo 1, página 398)

Uma das minhas partes favoritas da coleção escrita pela querida Paula Pimenta. Aliás, estou devendo uma resenha sobre os livros dela pra vocês.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A frieza de um corpo sem amor


Estava com uma caneca de chá de morango (seu chá favorito) bem quente entre suas pálidas mãos. Havia feito muito frio naquela semana. Estava em frente a janela pensando se estava mais frio do lado de fora da janela ou dentro de si mesma.
Olhou detalhadamente para suas mãos como nunca havia feito antes: quase tão brancas quanto a caneca que estava segurando. Sem nenhuma bolha, com as cutículas feitas apesar das unhas não pintadas, nenhum machucado muito grave. Haviam algumas cicatrizes mas eram tão finas que quase se misturavam com a textura natural da pele.
Como havia chegado naquele ponte? De onde tinha surgido toda aquela frieza para com ela mesma?
Lembrou de uma amiga que muitas semanas atrás tinha lhe contado que não via a hora de se apaixonar outra vez. Estava com a cabeça vazia demais. Queria alguém que pudesse habita-la. Tinha lhe contado que sua vida estava como um filme sem graça em preto e branco com a ausência de um amor.
Olhou novamente para as próprias mãos lembrando da resposta que dera para a amiga.
Seus dias estavam realmente em preto e branco mas, ao contrário do que lhe foi dito, adorava filmes antigos, sem diálogos.
Depois de tanto tempo sem amor próprio, tinha aprendido a conviver admiravelmente bem com aquele ambiente melancólico. Porém, concordava (em partes) com o que sua amiga tinha dito naquela semana: sentia falta de estar apaixonada. Sentia falta de estar apaixonada por cada mínimo detalhe se si. Detalhes como a textura fina de sua pele pálida, por exemplo.
Por que, se não ela que fosse amá-la, quem seria?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quando meus 17 anos chegarem

Eu tive um pesadelo essa noite. Sonhei que já tinha 17, tinha virado adulta da noite pro dia e estava vivendo por conta próxima. Tudo muito bom até então. Sou fã da independência. O ponto é que eu não estava feliz. No sonho era como se eu não tivesse planejado nada daquilo, como se tudo tivesse saído do roteiro.
Acordei e nunca estive tão feliz por ter 15 e ainda estar no meio do primeiro ano do colegial.
Porém, apesar do sonho ter terminado, aquela sensação de que quando eu fizer 17 e tiver mesmo que me virar por conta própria, isso podendo ou não funcionar direito, não saiu da minha cabeça e é exatamente por ela que eu estou aqui digitando esse post.
Nunca tinha me dado conta de como tudo vai realmente mudar quando eu fizer 17 e me formar no colégio. Já tinha visto amigos mais velhos (e também menos próximos) pirando com todo esse universo de noites de estudo pra vestibulares e aulas extras em cursinhos mas, não tinha parado pra pensar que daqui a dois anos provavelmente vou estar no lugar deles.
Tendo que trocar noites na frente do computador assistindo séries por noites na frente dos livros decorando fórmulas de química.
Tendo que trocar os sábados no cinema por reuniões de estudos com explicações de professores.
Tendo que trocar minha vida de adolescente por uma de adulto.
Tendo que "virar gente grande" sem ao menos ter o direito de escolha.
Nunca pensei em como fosse sentir falta de tudo. Nunca pensei em como fosse sentir falta de ter 15 anos.
E meu medo maior não é nem o de crescer. Meu maior medo é de virar adulta e não ter controle da minha própria vida. Ou pior que isso: virar adulta e trabalhar no lugar que eu não tinha sonhado pra mim (isso se eu conseguir arranjar um emprego).
Tenho medo de não conseguir comprar minha própria casa e ter que viver eternamente dependendo do dinheiro dos meus pais.
Vejam bem. Isso vai acontecer daqui a dois anos e já estou preocupada desde já. Imaginem quando meus 17 anos (e essa correria maluca que os adultos chamam de vida) baterem na minha porta de fato.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Doctor Who

Sei que indiquei a pouquíssimo tempo uma série pra vocês mas, vamos lá: é tempo de férias! Tempo de assistir série o dia inteiro!
Essa é pra quem gosta de ficção científica, Back To The Future, Star Trek e tudo o que o universo pode nos proporcionar.
Doctor Who é uma série tipicamente britânica transmitida pela BBC de Londres e com a história do Doutor, um Senhor do Tempo que viaja através de sua nave espacial chamada TARDIS que do lado de fora tem a aparência de uma cabine policial antiga. Ele aparece no planeta Terra para salvar a humanidade de desastres principalmente causados por alienígenas.
Sempre que ele aparece na Terra pode levar consigo um viajando humano que compartilha com ele todos os aprendizados e aventuras.
Os viajantes mudam conforme o Doutor se regenera (um modo dos Senhores do Tempo burlarem suas mortes.) Então, por mais que seja impossível, tentei assistir as temporadas sem ficar lamentando o tempo todo e me perguntando o porquê daquele personagem ter saído sendo que eu o amava tanto.
É realmente muito fácil se apaixonar pela série, pela história e todo aquele sotaque britânico (tipo: a glória vinda do céu! rs).
E tem toda aquele suspense que permanece até os últimos minutos de cada episódio, até o momento pelo qual o Doutor salva a humanidade - ou não.
Vale muito a pena e posso dizer com toda sinceridade que aprendi muito mais sobre biologia, história e química assistindo Doctor Who do que assistindo as aulas da escola.
Para vocês terem uma noção, em alguns dos melhores episódios da série, o Doutor acaba convivendo (e nos mostrando a história) de Shakespeare, da Rainha Vitória e da Era Vitoriana, da Madame de Pompadour da França, além de citar Harry Potter e fazer vivas a obra de J.K. Rowling.
Apenas assistam e apreciem ao charme e humor sarcástico do Doutor.

P.s.: se tiverem um tempinho extra, procurem por "David Tennant" no Google. Ele é o ator que interpreta minha versão preferida do Doutor.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sobre Homem-Aranha, Andrew Garfield e tudo o mais

Sempre teve um lado geek muito bem aflorado dentro de si. Era amante de tudo produzido pela Marvel e a única da turma que entendia perfeitamente todas as piadas de Sheldon Cooper sobre super-heróis.
Um dia, chegou da escola cansada de tantas provas (cansada do mundo real), entrou no computador e ficou sabendo que uma nova franquia de filmes do Spider-man seria lançada pelo Marc Webb e tendo Andrew Garfield como Peter Parker. Não contou no relógio mas, deve ter passado meia hora encarando a tela do computador boquiaberta.
Era como se os produtores do filme observassem sua vida e decidissem colocar nele tudo o que ela mais gosta. Super-herói favorito? Check. Diretor de cinema favorito? Check. Ator de cinema favorito? Check. Diálogos principais com sotaque britânico? Check.
Ela só precisaria comprar o ingressos, legendado e em 3D.
Por um momento cogitou telefonar para uma de suas amigas e, quem sabe, convidar uma delas para ir com ela, ou um amigo talvez mas, por fim, decidiu que iria sozinha.
Quem estava querendo enganar? Não tinha tantos amigos assim e, além do mais, era ANDREW GARFIELD com sotaque britânico e com aquele uniforme ultra-agarrado do aranha em 3D!
Nenhum amigo aguentaria toda sua falação sobre ele quando o filme acabasse. E, muito menos, pelos próximos três anos.